O que passou, deixou saudade
Quando a gente perde alguém parece que foi aberto um novo
nível no jogo da vida. Cai a ficha de que, de fato, nem tudo é para sempre.
Muitas pessoas vão entrar e sair das nossas vidas e com elas, arrependimentos
de algo que poderia ter sido dito ou feito. Mas esses pensamentos todos são só
uma prova de amadurecimento, assim como aquela fase do jogo que ficou pra trás,
na realidade, parte da nossa inocência foi rompida.
Perder alguém é só a forma do destino de nos mostrar que
a gente precisa cuidar da vida e levar isso aqui a sério. A gente precisa
descobrir o que gosta de fazer, separar os hobbies das coisas sérias e seguir
em frente. Tanta coisa vai ficar pra trás, você nem vai dar falta e em algum
momento vai sentir saudade, e vai doer. Normal. Basta sempre olhar pra frente e
continuar.
Nenhum arrependimento vai estar ali pra sempre se levar a
vida de forma leve, com responsabilidade, mas sem muito desespero. Tudo precisa
se resolver, mas não é o pânico que faz isso, mas sim a sua calma de desatar
cada nó que está impedindo o caminho. A falta que uma pessoa ou um momento da
vida faz não pode tomar o sentido de uma história que você está construindo aos
poucos. É aí que você percebe que amadureceu, quando consegue lidar e conviver
com os novos obstáculos que aparecem conforme a gente cresce.
A cada dia a felicidade vai fazendo parte, a angústia vai
sumindo. Novos encontros tornam de novo a vida colorida, e quando a gente olha
pra trás, passou. Todo mundo passa por isso, nada dura pra sempre, a
efemeridade é uma das partes mais bonitas da vida. Tem coisas que demoram
demais e vão perdendo o sentido. Tudo tem que acabar antes de parecer algo
ruim, a duração do destino é perfeita. Se acabou, estava na hora. O mundo é
sutil em suas escolhas.
Vamos apenas viver de forma leve, aproveitar os encontros
bonitos, aquelas conversas gostosas. A diversão com os amigos vai compensar
cada rachadura que tudo que passou tiver deixado. É só aproveitar cada detalhe
e ver a importância daquilo naquele momento. Isso é viver simplesmente e
conviver com o que se tem.
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