Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2016

Soneto para mim mesma

Imagem
Para que ter medo da minha poesia? Ela é parte de mim, é algo que me guia Minha personalidade escrita a mão Nunca depende de resposta, sim ou não? Minhas próprias confissões muito bem expostas Pois aos meus sentimentos nunca dei as costas. Se estou alegre ou triste é ela quem sabe, Guarda a experiência que dentro de mim cabe. Se as estrelas têm seu brilho e o céu seu mistério, Tenho eu, então, algo que me leve a sério Pois respeitável a escrita faz de mim. Na poesia sou mais de um personagem Que em todo verso, escolho como eles agem. Penso se isso me faz feliz, e sei que sim.

Podia durar para sempre

            Sabe quando você não quer que acabe nunca? Te seduziu, tomou seu tempo. Envolvente como uma coberta no inverno e caloroso como só o povo brasileiro consegue ser. Me senti em um conto de fadas que passou rápido demais.             Só que não estou falando de um amor, nem das férias ou da última barra de chocolate. Ou talvez esteja falando de tudo isso. Eu já estou em total abstinência das Olimpíadas Rio 2016. Porque, sim, foram as melhores de todos os tempos. Afirmo isso mesmo sem ter visto nem a metade delas apenas porque sinto isso.             Era tudo errado, ninguém falava bem. Eu tentava entender como as pessoas ainda não tinham conhecido a fundo o jeito brasileiro. Tudo sempre vai ser terrível e, no fim, acaba sendo maravilhoso. Assim como o Rio de Janeiro é Maravilhoso.             Depois de uma abertura envolvente que trouxe funk, bossa nova, rap, samba e um hino nacional cantado por Paulinho da Viola, tudo só poderia ser pura poesia. E foi. Conquistamos mais

Para com esse desamor

            As noites são inspiradoras. Afinal, é noite, mais uma vez, e estou aqui escrevendo. Parece que a cabeça começa a funcionar quando eu me deito e a esvazio dos pensamentos do cotidiano. Que estranheza mais agradável!             Estive pensando no quanto nós temos dificuldades com o amor. Sempre tem alguém reclamando que ama e não é correspondido, que foi traído ou que o parceiro não é como antes. Como poderia um sentimento tão lindo ser tão doloroso?             Será que o amor é a recompensa de toda essa dor pela qual tanta gente passa? Quanto mais amores não correspondidos, melhor será aquele que corresponder? Não imagino que um sentimento tão nobre quisesse ferir ninguém.             Talvez nós não saibamos amar direito. Você vai discordar, dizendo que não escolhemos por quem vamos passar as noites em claro. Ponho a mão no fogo e digo que se pudéssemos escolher, não haveria diferença. Escolheríamos errado. Melhor mesmo deixar a vida guiar, pois cada desamor será um

O que passou, deixou saudade

            Quando a gente perde alguém parece que foi aberto um novo nível no jogo da vida. Cai a ficha de que, de fato, nem tudo é para sempre. Muitas pessoas vão entrar e sair das nossas vidas e com elas, arrependimentos de algo que poderia ter sido dito ou feito. Mas esses pensamentos todos são só uma prova de amadurecimento, assim como aquela fase do jogo que ficou pra trás, na realidade, parte da nossa inocência foi rompida.             Perder alguém é só a forma do destino de nos mostrar que a gente precisa cuidar da vida e levar isso aqui a sério. A gente precisa descobrir o que gosta de fazer, separar os hobbies das coisas sérias e seguir em frente. Tanta coisa vai ficar pra trás, você nem vai dar falta e em algum momento vai sentir saudade, e vai doer. Normal. Basta sempre olhar pra frente e continuar.             Nenhum arrependimento vai estar ali pra sempre se levar a vida de forma leve, com responsabilidade, mas sem muito desespero. Tudo precisa se resolver, mas não

Puramente Envergonhado

Recito uma palavra bem rara E salvo a rima que antes matara A menina do sorriso lascivo Num simplório poema cativo Ao ver aquele sorriso sincero, Com meu olhar fixo tinha esmero Mesmo que mantivesse disfarçado Eu era um homem bem apaixonado

Eu me senti otimista

Imagem
            Um dia desses, minha irmã me deu um livro de “ligue os pontos”, em que, incrivelmente, os mil pontos fazem o rosto de um famoso se formar. Antes mesmo de começar a arte, achava que aquele seria mais um desses livros de colorir da moda. Só que depois de iniciar minha jornada, contando até mil, para “desenhar” a bonequinha de luxo (ela fora a minha primeira escolhida) descobri ali uma conexão com a arte.             O livro me despertou criatividade, ainda que o desenho não fosse meu. Eu já imaginava os quadros que eu faria com aquele trabalho prontos. Imaginava onde poderia colocar os tais quadros. Também pensei em contornos diferentes para as faces daquelas personalidades que eu encontraria entre os pontos.             Parece que tudo isso aconteceu para reafirmar uma conexão com a arte. O mundo queria me mostrar o quando o pensamento pode voar. O que eu chamei de otimismo, enquanto desenhava a minha bonequinha de luxo. O poder de pensar no quanto o que fazemos ago