Eu me senti otimista
Um dia desses, minha irmã me deu um livro de “ligue os
pontos”, em que, incrivelmente, os mil pontos fazem o rosto de um famoso se
formar. Antes mesmo de começar a arte, achava que aquele seria mais um desses
livros de colorir da moda. Só que depois de iniciar minha jornada, contando até
mil, para “desenhar” a bonequinha de luxo (ela fora a minha primeira escolhida)
descobri ali uma conexão com a arte.
O livro me despertou criatividade, ainda que o desenho
não fosse meu. Eu já imaginava os quadros que eu faria com aquele trabalho
prontos. Imaginava onde poderia colocar os tais quadros. Também pensei em
contornos diferentes para as faces daquelas personalidades que eu encontraria
entre os pontos.
Parece que tudo isso aconteceu para reafirmar uma conexão
com a arte. O mundo queria me mostrar o quando o pensamento pode voar. O que eu
chamei de otimismo, enquanto desenhava a minha bonequinha de luxo. O poder de
pensar no quanto o que fazemos agora vai dar certo depois. Exagero? Sim, mas se
eu não achar que sei ligar os pontos, quem dirá cuidar da minha própria vida!
E ali eu seguia, como uma criança que aprende a escrever
o próprio nome, eu me orgulhei ao chegar ao número mil. Só porque eu achei o
resultado ótimo. Ficou bem legal, de verdade, tudo aquilo era como voltar à
infância mas com o intelecto mais apurado. Foi como me senti. Otimista.
Sempre me emocionando com seus textos!
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