Por Outros Planetas

Ela é mesmo tão segura Tem um olhar que é todo liberdade Só mais uma menina da cidade Ninguém sabe o que a tortura      Ninguém nunca quebrou seu coração Nem há nada que ela tema Pois se arriscar é seu lema E canta, como jamais cantarão Personalidade linda De uma singeleza tão delicada, Sua beleza nunca foi negada Mas não é perfeita, ainda.

Um João de barro ninguém mais nota Não se repara na linda gaivota O nosso mundo ficou tão hostil O que eu chamava de valor, sumiu! Mas seja aquele, qualquer rico ou pobre O que me importa é sua alma nobre

            Era apenas uma menina. Criança inocente com seus desenhos ou apenas rabiscos. O problema é que, para ela, não eram apenas. Significavam ou representavam um sentimento, uma expressão, a sua expressão. Sim, era a definição de arte vista pelos olhos de quem ainda tinha dentes de leite.             Algo tão intangível e difícil de explicar estava surgindo ali, desde quando o lápis de cor era melhor amigo dela, o mundo já mostrava que a relação ia além disso. Nascia ali um elo com a arte, independente da forma. Surgiam letras de música no canto dos desenhos e amor por aquelas bonequinhas rabiscadas com tamanho carinho. A arte, tão inerente à vida, ia se tornando parte da personalidade da garotinha. O interesse por museus, música e pela literatura aumentava. A valorização da arte se tornou uma necessidade para ela. Os desenhos eram hobbies cotidianos. Tudo isso quando uma inspiração mudou muita coisa.             Poemas tornaram seu olhar diferentes. Diferente ao sentir, esc

Orquídeas, bromélias, hortênsias, rosas, Amores perfeitos e margaridas... São sempre encantadoramente queridas. As flores e suas vindas e idas, Levam, com as épocas, seu charme E eu não canso de tanto apaixonar-me Por sua exuberância natural, Que, num instante, nos livra do mal. São a verdadeira arte da Terra: Nascem! Livremente à paz ou guerra

            Me bateu uma angústia, algo que não sei explicar. É um nó na garganta. Um sentimento de não querer que chegue o dia seguinte. Não há como adiar, não há como voltar atrás. Ninguém controla o tempo, basta esperar que passe logo.             Esse é o meu sentimento de domingo à noite. Há anos sinto isso. Sentia quando sabia que tinha prova de física no dia seguinte. Sentia quando acabava o futebol, às 18 horas e eu via a segunda-feira vindo. E sinto, hoje, porque sei que me despeço do final de semana. E não só do final de semana, mas digo um até logo a tantas coisas que gosto. É um sentimento de voltar à rotina.             É ruim não morar na cidade onde estuda quando você sempre tem que dizer até logo. Toda sexta. Todo domingo. Cada “tchau” é mais dolorido. E é esse sentimento que eu não sei bem explicar. Como uma trava dentro de mim, sinto que queria que congelasse o tempo.             A gente, muitas vezes, não sabe o que sente, não é? E comigo é assim, quero ir, ma

Quando a vejo com seu enorme sorriso Sinto que meus pés perdem o seu rumo Uma sensação que não me acostumo Olho pro céu, já nem sei mais onde piso. Flutuamos no céus de brigadeiro. Mas que beleza, é um tiro certeiro! E a sua leveza, me faz tão bem, Menina, não há como viver sem Essa risada nos dias solares, Quer fazer tão bem quanto novos ares.

            Ele se foi, mais uma vez. Incrível que sempre quando vai embora, leva meu coração. Aviso para que tome cuidado, mas não tem jeito. Sai fazendo arruaça, acorda o meu coração que acaba querendo ir junto e não há quem impeça.             Menino, já te pedi para ir com calma. Me apaixonei e você sabe mais que ninguém disso. Foi quando você disse que me amava que eu me derreti. Esses seus olhos indiscretos me fizeram ter certeza. Desde então, faz questão me deixar nas noites frias. O pior é que gosto tanto da sua companhia... É por isso que fico tão destruída com o seu “boa noite”. Sempre diz que precisa trabalhar e eu entendo, mesmo sabendo que podia ficar um pouco mais. É lindos ver esse sorrisinho de quem vai me dar um último abraço.             Foi devagar, demorou demais. Confesso que não sou dessas que se rende fácil. Eu mal sabia me apaixonar, meu querido, isso é novo demais para mim. Esse é o motivo de eu não entender tantas coisas que você diz. Jamais sofri por amo