Detesto despedidas
Detesto me despedir. Não sei lidar com isso, gosto de
celebrar encontros e não ter alguém por perto me faz sofrer. Eu choro, assumo. Não
tenho vergonha desse sentimento, só não queria senti-lo, mas a vida é feita de
idas e vindas.
Sou das pessoas, das conversas, trocas de sorrisos e
olhares sinceros. A falta que isso faz quando o contato é à distancia é imensurável,
independente do tempo. E tem pessoas que, simplesmente, deveriam estar o tempo
todo. Certos corações te arrebatam de forma que distância nenhuma cura.
Nessas horas que eu tenho certeza do tamanho de algumas
amizades. Sabe aquela saudade que nem chegou mas já fere, já dói e ao mesmo
tempo faz bem? Ela se instalou aqui e parece que vai ficar por alguns meses. Pouco
tempo, o suficiente para um amigo se tornar o melhor amigo, algumas vezes.
Em seis meses, eu fiz esse melhor amigo, me apaixonei por
uma cidade, senti falta de outros amigos e me adaptei a uma pequena distância. Com
outros seis meses, posso mudar muito mas certas pessoas podem ficar mil anos
sem se ver... está aí, a saudade existe para fortalecer laços.
A gente cresce com a convivência, aprendemos, então, a
estreitar relações com a tecnologia. Isso serve de consolo, mas certa vez, eu
aprendi o valor de um abraço, e nenhuma tecnologia compensa essa demonstração
de carinho tão incrível. Esse é o problema da distância.
Vezes temos que seguir, já dissera Tiago Iorc, e é isso,
o tempo dirá, sempre diz, consola, faz de nós novas pessoas. O tempo marca
tanto quando a saudade. A falta é viva mas a recompensa vem com reencontros
cheios de novos sorriso e experiências que fazem de nós tão humanos... Faz
parte!
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